Agronegócio

Conab confirma safra recorde para 4 tipos de grãos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que os agricultores do Brasil vão colher 310 milhões de toneladas de grãos em 2023. Assim, o Brasil terá seu segundo ano seguido de safra recorde.

De acordo com os dados da Conab, o impulso para a safra recorde de grãos de 2023 vem, principalmente, de dois itens: soja e milho. Essas duas culturas são os carros-chefes do agronegócio brasileiro e devem ter a maior colheita de suas histórias neste ano, junto com outras duas culturas. O par é formado por sorgo e trigo.

Menos expressivo da dupla, o plantio de sorgo vai colaborar com 3 milhões de toneladas. Esse grão serve tanto para a nutrição humana quanto para a engorda de animais na pecuária. Na sequência, aparece o trigo, com 10 milhões de toneladas — usado, principalmente, para alimentar o homem.

O incentivo à expansão da oferta de trigo brasileiro ocorre em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia. O conflito, gerou o aumento dos preços, tornando a cultura mais atraente. Além disso, esse tipo de agricultura está se desenvolvendo no Brasil graças aos projetos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Referência mundial em tecnologia agropecuária, a Embrapa conseguiu desenvolver variações de trigo mais adaptadas às condições do Brasil. O cultivo dessa planta no país ocorre principalmente na Região Sul — responsável por 92% da produção nacional deste ano. Contudo, esse grão já tem colheitas expressivas no Sudeste, no Centro-Oeste e até no Nordeste. E já está sendo testado no Norte, como, por exemplo, em áreas de cerrado em Roraima.

Em entrevista concedida a Oeste, Celso Moretti, atual presidente da Embrapa, afirmou que o cereal desenvolvido para o plantio no cerrado é de boa qualidade. “É o chamado trigo pão, ele tem 15% de proteínas e é um dos melhores trigos do mundo, comparável ao argentino”, disse. “O que nós precisamos agora é de crédito e políticas públicas para viabilizar que a expansão ocorra no Brasil.”

A tecnologia para a produção do cereal desenvolvida no país já tem despertado interesse no mercado externo. Em junho, a Embrapa firmou um acordo com o governo do Egito, em razão das sementes desenvolvidas no Brasil. O interesse ocorre em razão de elas serem mais resistentes a climas secos.

 

Via: Revista Oeste

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo