Opinião

Frei Betto leva espiritualidade e suas formas de manifestação na arte e na escrita no encerramento do ano do Clube de Leitura CCBB 2024.

Escolha dos livros para o debate acontece dias 14 e 15 de novembro em votação aberta no Instagram do CCBB RJ

A edição que encerra o ano de atividades do Clube de Leitura CCBB 2024 contará com as participações do militante da palavra, ensaísta, cronista romancista e poeta Frei Betto e da teóloga e jornalista Magali Cunha.

Nos dias 14 e 15/11, quinta e sexta-feira, o público escolhe, em votação aberta, no perfil do CCBB RJ (@ccbbrj), entre os livros O tom vermelho do verde; Fome de Deus; e A obra do artista para a leitura do mês e o debate de dezembro. Em comum, os livros de Frei Betto contribuem com as reflexões e informações necessárias à temática do enfrentamento com uma sociedade muitas vezes injusta e plena de paradoxos.

Segundo Suzana Vargas, mediadora e curadora do Clube, a ideia de encerrar 2024 com Frei Betto falando sobre Literatura e Transcendência, precisamente no mês de dezembro, objetiva dar ao público frequentador a oportunidade de refletir, através dos livros do autor, como a literatura é capaz de elevar a outro patamar nossa consciência existencial e cidadã, muitas vezes ocupada por preocupações puramente materiais.

“Vamos discutir qual o lugar da arte e da literatura na nossa sociedade, principalmente num momento de transição tão grande de valores morais ou éticos e espirituais. O que a literatura pode nos dar nas incertezas diárias da sobrevivência”, antecipa Suzana, para quem a participação especial de Magali Cunha, profunda conhecedora da obra de Frei Betto, certamente tornará o diálogo e o encontro com o público ainda mais enriquecido.

 

SOBRE OS LIVROS

O tom vermelho do verde: é um livro de denúncia, mas também um romance histórico que cativa o leitor desde as primeiras páginas e o impressiona com o profundo conhecimento da cultura indígena apresentado pelo autor.

No momento em que os povos originários sofrem pressões para que suas terras sejam exploradas por companhias mineradoras e madeireiras que causam danos ecológicos irreparáveis, Frei Betto nos revela o drama vivido pelos Waimiri-Atroari a partir da construção da rodovia BR-174 em suas terras, na década de 1970. Drama até então conhecido apenas por estudiosos de culturas indígenas e que se prolonga até hoje, cujas consequências não se restringem às vítimas inocentes. Pelo contrário, atinge proporções catastróficas e imprevisíveis à medida que a floresta amazônica é arrasada e seus povos originários são dizimados.

 

Fome de Deus: Frei Betto aborda temas como a oração, o amor ao próximo, a fé e a vida de santos, sempre a partir de um ponto de vista contemporâneo. Por meio de textos simples e curtos, mas extremamente profundos, ele nos propõe um encontro transparente e frequente com Deus, uma experiência rica que é mais significativa do que imaginamos. “O que se busca não é ouvir falar de Deus, falar sobre Deus ou mesmo falar a Deus. Busca-se, sobretudo, deixar que Deus rompa o seu silêncio e fale no íntimo de cada um”.

 

A obra do artista: Uma relação diferente entre a ciência e a fé. Após cinco anos de estudo sobre as mais avançadas teorias da ciência moderna na área da Biologia, Cosmologia e Física Quântica, Frei Betto elaborou uma síntese holística dessas teorias, escrita com fluidez jornalística e beleza literária. Alavancado pela Física das partículas, ele descreve o universo, suas leis e princípios, oferecendo-nos um caminho para a crise da modernidade, o caminho de resgate das raízes dos verdadeiros valores humanos.

 

O encontro com Frei Betto e Magali Cunha acontecerá no dia 11 de dezembro de 2024, às 16h30, na Biblioteca Banco do Brasil, 5º andar, do CCBB RJ, com entrada gratuita. O Clube de Leitura CCBB 2024 conta com o patrocínio do Banco do Brasil. Os vídeos dos encontros ficam disponíveis, na íntegra, no YouTube do BB.

João Costa

João Costa, jornalista e assessor de imprensa, é membro da Associação Paulista de Imprensa (API) e acumula diversas premiações no campo da comunicação. Entre seus reconhecimentos, destacam-se o Prêmio Odarcio Ducci de Jornalismo, o Prêmio de Comunicação pela Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica (ABIME) e o Prêmio Iberoamericano de Jornalismo. Além disso, recebeu uma referência em comunicação pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (ANCEC), reconhecimento por Direitos Humanos pelo Instituto Dana Salomão e uma menção honrosa do Lions Clube Internacional no Rio de Janeiro.

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