Reforço na estrutura de pontes de acesso à Vila Cauhy traz mais segurança aos moradores
A reconstrução da Ponte Liverpool da Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, foi motivo de celebração para a coordenadora de parque infantil Ziene Oliveira, 46 anos. A passagem precisou ser reerguida após o antigo elevado ter sido arrastado pela força das chuvas que assolaram a região, no início deste ano. “Passo aqui todos os dias quando vou trabalhar. Sem a ponte, foi uma dificuldade muito grande porque tinha que dar a volta na vila, levando uns 25 minutos para chegar em casa, enquanto com a ponte levo no máximo 10 minutos. Achei essa estrutura ótima e vai nos ajudar bastante agora com as chuvas”, comenta.
A Ponte Liverpool foi reconstruída com investimento na ordem de R$ 2,5 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF). O aporte também contemplou a Ponte Azulão, próxima ao fórum de justiça da região administrativa, que está pronta; e a ponte Divineia, que conecta o bairro à Metropolitana, em que os serviços ainda estão em andamento. As passagens passam por cima do Córrego Riacho Fundo.
Nos três pontos, houve instalação de muros de gabiões, alargamento do leito do córrego e reforço na base das estruturas. Os gabiões são grandes caixas de arame recoberto com PVC, montados manualmente. Cada um é preenchido por pedras e, em seguida, são enfileirados um em cima do outro. Já o alargamento do leito é feito com apoio de maquinário, para manter o volume de água dentro dos limites do córrego mesmo em caso de chuvas intensas. As estratégias visam levar mais segurança aos moradores e evitar novos registros de erosões, desmoronamentos e alagamentos, sobretudo no período das chuvas.
Segundo o administrador do Núcleo Bandeirante, Márcio Oliveira, as obras beneficiam os mais de 6 mil habitantes da Vila Cauhy, além dos trabalhadores do setor de oficinas da região e das áreas adjacentes. “O tráfego de pedestres é muito grande nessas pontes, principalmente na Liverpool. Na falta dela, os moradores tinham que fazer uma volta muito grande para ir ao Núcleo Bandeirante. A ponte encurta o caminho e foi uma alegria para os moradores”, afirma. Também foram construídas calçadas acessíveis conectadas com a passarela e atualmente ocorre a plantação de grama para paisagismo da área.
A estrutura antiga da Liverpool, que era precária e estreita, foi substituída por uma mais espaçosa e em bom estado de conservação, cedida pelo DER-DF. As armações metálicas revestiam uma passarela inutilizada na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), no sentido Santa Maria/Brasília, na altura do Setor de Mansões do Park Way. “Essa era uma obra muito esperada e, graças a Deus, nessas primeiras chuvas não tivemos nenhuma intercorrência por causa da água”.
O autônomo Warley Cunha, 50, está confiante de que a nova ponte da Liverpool resistirá a outras chuvas torrenciais, diferentemente da antiga. “Na última chuva a ponte foi embora. E agora a estrutura é bem forte e, se vier alguma coisa, acredito que não vai ser removida. A obra, tanto da ponte como da urbanização, beneficia os moradores”, observa. “A gente faz todo tipo de trajeto por aqui. As mulheres que vão levar crianças ao hospital ou à creche, usam essa ponte, e sem ela tinham que dar uma volta muito grande. Sem a ponte o pessoal que tinha que acordar às 5h começou a acordar às 4h. Agora tudo pode voltar ao normal”.
Agencia Brasilia