Agronegócio

A prudência de Aldo Rebelo diante da histeria ambientalista

Durante entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, o ex-ministro Aldo Rebelo rechaçou as pressões exercidas por potências estrangeiras e organizações não governamentais sobre a agropecuária brasileira. O “mercado de carbono”, por exemplo, idealizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi um dos alvos do ex-ministro. Esse sistema permite que empresas e indivíduos compensem as emissões de gases de efeito estufa a partir da aquisição de créditos gerados por projetos de redução de emissão.

“Isso é uma tragédia para o país”, disse Rebelo, ao ser interpelado pelo jornalista Fernando Mitre. “Você deixará de ter uma atividade econômica sustentável, que é criar vaca, plantar soja, milho, arroz e feijão, para depender de uma ‘bolsa carbono’ que amanhã pode ser cortada.”

O ex-ministro explica que, ao aderir ao “mercado de carbono”, os produtores brasileiros poderão se tornar dependentes de organizações estrangeiras. “O cara diz: ‘Vou ganhar tanto criando vaca, mas vou ganhar o dobro reflorestando e saindo da roça’. E na hora que ele quiser cortar isso, como ficará? Como voltará a ter uma atividade sustentável?”, perguntou Rebelo. “Acho que esse é o risco em que os estadistas e os responsáveis pelo Brasil deveriam pensar, ao quererem transformar a Amazônia em um Cerrado, em uma população de dependentes de ‘bolsa carbono’ e de ‘bolsa floresta.’”

Leia também: “Sem o marco temporal, haverá tempestade de reivindicações”, entrevista com Aldo Rebelo publicada na Edição 76 da Revista Oeste

Via: Revista Oeste

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