GDF prepara residentes em medicina de emergência no Hospital de Santa Maria
Centro de Simulação Realística do IgesDF estimula o conhecimento e a segurança no atendimento ao paciente
Reconhecida pelo Ministério da Educação em 2015, a residência em medicina de emergência tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), há um espaço destinado para aplicar os conhecimentos e aprimorar as habilidades na área. O espaço é o Centro de Simulação Realística, da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), inaugurado em maio de 2020 em parceria com a Secretaria de Saúde (SES-DF).
“O processo da simulação auxilia na representação de um ambiente de aprendizado seguro, ensinando o raciocínio rápido e medidas para atingir a excelência no cuidado ao paciente”Paulo Estevão, gerente de Ensino da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa
A diretora de Inovação, Ensino e Pesquisa do IgesDF, Emanuela Ferraz, ressaltou a importância do programa. “O programa de residência em medicina de emergência é essencial para a formação de um corpo médico capacitado para o enfrentamento de situações emergenciais complexas. Não somente nos ambientes de prática real, mas também através da prática simulada, os residentes poderão realizar treinamentos diversificados, sendo que na versão simulada as competências em gestão de crises podem ser mais bem desenvolvidas sobretudo pelo ambiente seguro e preservado”, afirmou.
Localizado nas dependências do HRSM, o Centro de Simulação Realística tem o objetivo de ensinar os residentes a aprimorar suas funções no campo de atuação. “O processo da simulação auxilia na representação de um ambiente de aprendizado seguro, ensinando o raciocínio rápido e medidas para atingir a excelência no cuidado ao paciente”, ressaltou o gerente de Ensino da Diep, Paulo Estevão.
Para Jule Rouse de Oliveira Gonçalves Santos, supervisora da residência em medicina de emergência do HRSM, todo tipo de formação, de educação continuada, traz um impacto positivo porque sistematiza o atendimento dos pacientes da sala vermelha, preparando melhor a equipe. “O que melhora de forma direta a qualidade do atendimento aos pacientes, o relacionamento da equipe médica, de enfermagem, de técnicos de enfermagem e, principalmente, o relacionamento com o paciente”, destacou.
A residência médica é composta por treinamentos práticos. Quando o residente está em contato com o paciente, precisa passar por supervisão contínua de um preceptor responsável pelo atendimento ao paciente e pelo residente. Ambos os profissionais podem trocar conhecimento e experiências em relação ao caso analisado. “O residente vai explicar para ele o que está achando, o preceptor vai falar se está certo ou errado. Se é um paciente muito grave, o preceptor pode decidir se é ele quem vai assumir a liderança no atendimento”, acrescentou Santos.
Em relação à simulação realística, o especialista cumpre papel essencial no aprimoramento das habilidades dos profissionais por meio de práticas. Faz com que sejam mais expostos a situações de risco simuladas em um ambiente controlado.
Amanda Luíza Aguiar Taquara Alvarenga, 29 anos, residente do terceiro e último ano em medicina de emergência, reconhece a importância da simulação no atendimento ao paciente grave e a diferença que faz, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS). “Conseguimos ter momentos teórico-práticos na simulação. Há casos corriqueiros, como de ter feito a simulação e pensar: nossa quando eu estava fazendo atendimento em Santa Maria ou em outro hospital vivenciei algo semelhante e ter o conhecimento e a segurança para realizar o atendimento adequado ao paciente”, finalizou.
Com informações do IgesDF
Agência Brasília