Opinião

Mercado Único projeta salvar 600 toneladas de alimentos em 2024 e planeja intermediar R$ 50 milhões em vendas para 2025.

A ONU estima que aproximadamente 10% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) estão associadas a alimentos que não são consumidos. Além disso, a estimativa anual de desperdício alimentício no Brasil gira em torno de 41 milhões de toneladas, de acordo com o World Resources Institute (WRI). É com base nessa realidade de perdas e desperdícios que o Mercado Único surgiu para combater esse enorme problema. A plataforma B2B utiliza tecnologia, dados e Inteligência Artificial para otimizar o gerenciamento e as vendas do excesso de inventário das indústrias. Como resultado de sua atuação, a empresa projeta salvar 600 toneladas de alimentos e bebidas em 2024 e planeja intermediar R$ 50 milhões em 2025.

“O desperdício de alimentos em razão do vencimento ou por defeitos estéticos é enorme no Brasil, essa perda ocasiona um grande impacto ambiental e financeiro. Do lado das indústrias, esses itens prejudicam a receita e geram o custo extra do descarte. Na perspectiva dos distribuidores e varejistas, as margens são bastante apertadas e itens com descontos são uma excelente maneira de gerar receita extra, explorando a estrutura de distribuição e de clientes preexistente”, explica Leonardo Mencarini, CEO e cofundador do Mercado Único.

Para que o problema do desperdício de alimentos, bebidas e produtos pet seja reduzido, a plataforma conecta de modo automatizado os fornecedores aos varejistas e distribuidores, ofertando itens em slow-moving, data curta de validade ou defeitos estéticos, com descontos. Além de diminuir o desperdício, esse processo também gera margem extra e aprimora o planejamento de demanda dos parceiros do Mercado Único. A plataforma oferece descontos de até 70% em relação ao preço de mercado, baseado em um modelo de IA que considera fatores como demanda, prazo de validade e volume. Fornecedores (indústrias) e compradores (distribuidores e varejistas) podem se cadastrar gratuitamente na plataforma.

“Todos os modelos estatísticos para planejamento de estoque tem uma margem de erro. Especialmente na indústria de alimentos, esse número pode variar de 2% a 6%, representando bilhões de dólares em prejuízo. Muitas vezes, essa situação é inesperada pela indústria e os itens são de difícil absorção pelos canais tradicionais”, comenta Lucas Rolim, co-fundador e CTO do Mercado Único.

Com atuação no Centro-Oeste do país (Distrito Federal e Goiás) e no Sudeste (São Paulo), a empresa projeta expandir em 2024 para os demais estados destas regiões, bem como para o Nordeste. Para 2025, a missão é estar presente em todas as regiões do Brasil. Com estrutura enxuta e alta densidade de talentos, além de uma cultura forte, a companhia também pretende expandir seu time interno, saltando da equipe de 7 para 13 integrantes no próximo ano e atingindo 30 pessoas em 2025.

“Buscamos encerrar 2024 com mais de mil compradores cadastrados em nossa base, localizados no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. A longo prazo, vislumbramos a possibilidade de expandir a atuação ofertando outras categorias de itens que também apresentam o desafio do desperdício, como por exemplo o setor de cosméticos e itens de higiene. Adicionando novos perfis de fornecedores e compradores para nossa base. O consumidor final dos produtos muitas vezes são pessoas de menor poder aquisitivo que estão procurando driblar a inflação ou curiosos para acessar produtos que não teriam possibilidade de aquisição com preços regulares.”, finaliza Leonardo Mencarini.

 

Sobre o Mercado Único

O Mercado Único é uma plataforma B2B que utiliza Inteligência Artificial, tecnologia e dados para otimizar a gestão e as vendas do estoque excedente das indústrias. A empresa conecta automaticamente fornecedores a varejistas e distribuidores, oferecendo produtos com baixa rotatividade ou próximos do vencimento com descontos. O Mercado Único tem a missão de reduzir o desperdício de alimentos, bebidas e produtos pet, ao mesmo tempo em que gera receita adicional e melhora o planejamento da demanda para os parceiros.

João Costa

João Costa, jornalista e assessor de imprensa, é membro da Associação Paulista de Imprensa (API) e acumula diversas premiações no campo da comunicação. Entre seus reconhecimentos, destacam-se o Prêmio Odarcio Ducci de Jornalismo, o Prêmio de Comunicação pela Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica (ABIME) e o Prêmio Iberoamericano de Jornalismo. Além disso, recebeu uma referência em comunicação pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (ANCEC), reconhecimento por Direitos Humanos pelo Instituto Dana Salomão e uma menção honrosa do Lions Clube Internacional no Rio de Janeiro.

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