Distrito Federal

Agro do Quadrado: Produção de hortaliças do DF abastece a mesa dos brasilienses

O consumo diário de hortaliças é um importante pilar para uma alimentação saudável, e tem sido fonte de renda para milhares de agricultores no Distrito Federal. No ano passado, a produção de alimentos do grupo do alface, tomate e repolho bateu recorde, posicionando o DF muito bem no cenário da olericultura tanto pela quantidade quanto pela qualidade, a nível nacional.

Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – índice 10% maior do que no ano anterior. A atividade tem atraído cada vez mais investidores, principalmente agricultores familiares, donos de pequenas propriedades no DF e Entorno, que contam com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para fortalecer o segmento e diversificar a produção.

No DF, nós produzimos 260 mil toneladas de hortaliças por ano, o que movimenta quase R$ 1,9 bilhão dentro da cadeia produtiva. Ao todo, temos 3,9 mil produtores rurais e isso é muito significativo com relação à produção agropecuária do DF”, destaca a coordenadora de produção da Emater-DF, Adriana Nascimento.

A maior parte dos insumos desse cultivo permanecem na capital federal. Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública.

22/05/2024 às 16:22, atualizado em 22/05/2024 às 16:47

Agro do Quadrado: Produção de hortaliças do DF abastece a mesa dos brasilienses

Olericultura sustenta milhares de famílias de produtores rurais e bate recordes na capital. Cerca de 70% do que é colhido vai para o consumo local, incluindo as merendas saudáveis nas escolas

Por Ana Flávia Castro, da Agência Brasília | Edição: Ígor Silveira

 

O consumo diário de hortaliças é um importante pilar para uma alimentação saudável, e tem sido fonte de renda para milhares de agricultores no Distrito Federal. No ano passado, a produção de alimentos do grupo do alface, tomate e repolho bateu recorde, posicionando o DF muito bem no cenário da olericultura tanto pela quantidade quanto pela qualidade, a nível nacional.

Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – índice 10% maior do que no ano anterior. A atividade tem atraído cada vez mais investidores, principalmente agricultores familiares, donos de pequenas propriedades no DF e Entorno, que contam com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para fortalecer o segmento e diversificar a produção.

 

“No DF, nós produzimos 260 mil toneladas de hortaliças por ano, o que movimenta quase R$ 1,9 bilhão dentro da cadeia produtiva. Ao todo, temos 3,9 mil produtores rurais e isso é muito significativo com relação à produção agropecuária do DF”, destaca a coordenadora de produção da Emater-DF, Adriana Nascimento.

A maior parte dos insumos desse cultivo permanecem na capital federal. Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública.

Ao longo de 2023, foram produzidas 260,9 mil toneladas de hortaliças – quantidade 10% maior do que no ano anterior | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“Chegar na gôndola do hortifrúti e ver o seu produto exposto, para nós que trabalhamos com agricultura, é um troféu”, conta o produtor de repolho Marcos Almeida, de 48 anos. Ele explica que entregar um alimento de qualidade demanda cuidado desde o plantio até o momento da entrega.

“É um trabalho penoso, mas é gratificante. Porque quem vê o produto ali, saudável e vistoso na prateleira, não sabe que às vezes temos que virar a noite colhendo aquilo. A nossa colheita é feita à noite, para que o produto não chegue murcho para o consumidor. Por isso, temos que ter muito cuidado”, explica Almeida.

Assim como o morador de Brazlândia, outros 493 agricultores apostam no cultivo do repolho como fonte de renda. Juntos, eles produziram 17 mil toneladas do alimento, que representa 6,54% da produção de hortaliças do DF.

Arte: Agência Brasília

O campeão da produção é o também queridinho nos cardápios, o tomate. Além de um componente importante de saladas, o fruto vai bem tanto como ingrediente para molhos quanto em pratos mais elaborados, e teve a maior safra em 2023 no DF: 41,6 mil toneladas. Quase 700 produtores investem no alimento, que representa 15,95% da produção olerícola na região.

Muitos deles aprenderam a semear, cultivar e colher com os pais, em uma tradição repassada por décadas. É o caso da família de Fabiano Silva, que investe no plantio do tomate e outros frutos. De origem paulista, eles decidiram se mudar para a capital federal em 2007, atraídos pelo “terreno fértil” da produção agropecuária e pelo apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) ao setor.

“Aprendemos tudo com meus pais. Aqui, todos nós somos formados, e a gente optou por ficar na roça mesmo, todos juntos”, conta o administrador, que tem sete irmãos. “É muito bom ter essa convivência, porque a gente conhece as características de cada um, os defeitos e qualidades”, brinca.

Enquanto outras culturas são mais voltadas para produtos de exportação, 70% das hortaliças que são colhidas aqui vão para a mesa dos brasilienses e para a merenda escolar servida nas escolas da rede pública

Assim como Fabiano, os pais e irmãos também têm nomes com letra F, característica que também nomeia a empresa, Família F. “Além de a gente estar levando esses produtos para o consumidor, a gente também se alimenta dos frutos colhidos, por isso prezamos pela qualidade. A gente vê lucro também, mas sabemos que para ter qualidade, é preciso um gasto maior. E nisso a gente faz investimento alto, para ter bons produtos e se destacar no mercado”, explica.

O ofício também foi herdado no caso de Edilson Magalhães Lorena, produtor de alface. Assim como os pais e os avós, o agricultor tira da terra o sustento da família. “A gente vai se adequando conforme a demanda, e a dificuldade do cultivo. Eu já plantei muito morango, muito tomate, mas hoje, pela facilidade, estou focado no alface”, detalha.

Saúde e sabor à mesa

Na outra ponta da rede, o cultivo também é uma atividade terapêutica e um aprendizado diário para crianças com algum tipo de deficiência, estudantes do Centro de Ensino Especial 2 de Brasília, localizado na Asa Sul. Por lá, os alunos colhem diariamente as hortaliças e frutas que, horas depois, irão saborear na merenda.

Agencia Brasilia

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