Distrito Federal

Neto dos fundadores de Entre Rios-PR amplia o legado agrícola da família

Mannfred Spieler fala sobre a força da trajetória de seus antepassados e a responsabilidade de preservar e ampliar os negócios da família

Falar sobre a trajetória do agricultor Mannfred Stefan Spieler, de 56 anos, é contar a história de Entre Rios, um distrito da cidade de Guarapuava, localizada no estado do Paraná. Isso porque seus avós, há 140 anos, foram obrigados a sair de suas terras na antiga Iugoslávia e migraram para o Brasil, mais precisamente numa área entre dois rios, que assim foi batizada pelos seus familiares e demais residentes do lugar. Talvez por isso, Mannfred enxergue nas terras que herdou dos avós e pais mais do que um negócio, mas um legado a ser preservado e multiplicado com máxima responsabilidade.

 

De uma hora para outra meus avós, produtores rurais, não tinham mais suas terras e tiveram de vir para o Brasil com a roupa do corpo. Eles buscaram um lugar com temperatura mais fria e encontraram uma área próxima de Guarapuava para morar. Tinham dificuldades com o idioma, com o clima mais quente do que estavam acostumados, mas resistiram e fincaram suas raízes aqui. É uma história que me dá muito orgulho e a enorme responsabilidade de manter e aumentar a herança que recebi.”

Da infância, Mannfred se lembra com carinho da rotina com os avós. Os pais trabalhavam por 15 dias na fazenda, em Entre Rios, enquanto ele e mais três irmãos moravam em Guarapuava para estudar. Nesse período, ficava com a avó e o avô, figuras importantíssimas em sua formação.

“Minha avó era a aquela que fazia todas as vontades dos netos. No almoço, fazia o prato preferido de um neto e a sobremesa favorita de outro. Meu avô era carinhoso, mas firme, e passávamos momentos inesquecíveis.”

Mas foi na companhia dos pais que o agricultor formou suas melhores lembranças. Ambos permitiam que ele e os irmãos brincassem à vontade ao lar livre, e por serem pobres, estimulavam que os pequenos construíssem os próprios brinquedos. Carrinhos de rolimã eram os favoritos, e a correria pelo chão de terra parecia não ter fim. Não por acaso, Mannfred nunca teve dúvidas de que o seu destino estava atrelado ao campo. E assim foi.

Para mim, nunca existiu plano B. Eu sabia que faria minha história nas terras dos meus pais, era tudo o que desejava. Tanto que nem queria estudar, só ficar com meu pai para trabalhar na fazenda. Minha mãe não permitiu isso, então estudei Administração de empresas. Ainda assim, nunca consegui me imaginar em um escritório.”

Mannfred conta que o processo de sucessão foi natural e que o pai, exigente e muito sério no dia a dia da fazenda, sempre teve a mente aberta para novas ideias. E assim, trazendo inovações, mostrando habilidades técnicas e aptidão para tocar o negócio, que o pai do produtor rural foi entregando a direção da empresa para o filho naturalmente.

“Ao assumir, eu não queria apenas manter o patrimônio da família. Eu queria aumentá-lo, e isso me causava medo. Não tinha certeza se teria sucesso. Aos poucos e com o apoio do meu pai, o negócio foi dando certo e hoje ele pode viver com tranquilidade enquanto eu cuido da administração da fazenda.”

Além do apoio do pai, Mannfred também conta com diversas tecnologias para encurtar distâncias, e uma delas é picape Chevrolet S10.

“A Chevrolet S10 High Country é uma ferramenta importante que facilita meu dia a dia. Ficamos muito tempo no sol, expostos à poeira, e ela é confortável. Tem muita tecnologia embarcada, como ar-condicionado, uma caçamba bem grande onde transporto peças e produtos. Com a tração 4×4 eu passo por todos os caminhos, mesmo os mais remotos. Para mim, a Chevrolet S10 é a revolução da agricultura.”

Atualmente, a produção da fazenda de Mannfred é de saltar aos olhos. Foram 90 mil sacas de soja, 55 mil de milho, além de 37 mil de cevada e 38 mil de trigo. Para o agricultor, além da herança dos avós e a tecnologia, o sucesso da sua empreitada tem a ver com os valores que aprendeu com o pai e que segue reproduzindo com seus funcionários e familiares.

“Quem quer ter sucesso precisa de força de vontade. Meu pai nunca teve preguiça, ele fazia o que era importante e descansava se sobrasse tempo. Aliás, ele sempre dizia que o direito do descanso vinha depois de fazer a obrigação. Ele mantinha o foco no trabalho, e tinha muita organização e disciplina. Esses atributos são essenciais e busco preservá-los.”

Nome: Mannfred Stefan Spieler

Idade: 56 anos

Cidade: Guarapuava-PR

Produto: Soja, milho, cevada e trigo

G1

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