Agronegócio

Com renome internacional, Evaristo de Miranda despede-se da Embrapa

Evaristo de Miranda aposentou-se da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no fim de dezembro. Por cerca de 40 anos, o cientista trabalhou na estatal e organizou três centros da instituição. O convite para o ingresso veio de Eliseu Alves, fundador e então presidente da estatal.

Em 1980, quando trabalhava em um instituto de pesquisa francês, o pesquisador chamou a atenção de Alves. Formado em engenharia agronômica, Miranda possui mestrado e doutorado em ecologia pela Universidade de Montpellier, na França.

Na estatal, Miranda fez parte da história da Embrapa Semiárido (em Pernambuco) e da Embrapa Meio Ambiente (São Paulo). Ele também chefiou a Embrapa Territorial, em Campinas (SP), por três mandatos — o último ocorreu entre 2015 e 2021.

De acordo com Celso Moretti, atual presidente da empresa brasileira, Miranda está entre os pioneiros na difusão da importância de aliar produção com preservação ambiental.

“A visão que hoje predomina no agro brasileiro”, comentou Moretti. “Ele liderou equipes que conseguiram transformar percepções em hipóteses verificáveis pela ciência, traduzindo um Brasil imaginado, e muitas vezes inimaginável, em números, mapas e fatos concretos sobre a real interface do mundo rural com o meio ambiente. Isso posicionou a Embrapa na vanguarda da sustentabilidade.”

O pesquisador escreveu mais de 50 livros, em português, inglês, italiano, francês, árabe e mandarim, além de 35 capítulos em 31 outros livros. Ele publicou mais de mil artigos científicos e de divulgação no Brasil e no exterior. Parte desse acervo pode ser acessada no Portal Embrapa, e o conteúdo completo está em seu site pessoal.

Por dez anos, o cientista foi professor da Universidade de São Paulo e, por quatro, coordenador na Secretaria de Acompanhamento e Assuntos Institucionais da Presidência da República.

Atualmente, Miranda é colunista da Revista Oeste, diretor do Instituto Ciência e Fé e consultor da Organização das Nações Unidas na Conferência Mundial sobre Meio Ambiente. O cientista ainda presta assessoria para outros órgãos da instituição, para o Banco Mundial e para o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura, além de outras organizações nacionais e internacionais.

Via: Revista Oeste

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo