Agronegócio

Venezuelana encontra nova vida no agronegócio do Brasil

Ameaçada pela pobreza e pela falta de oportunidades causadas pela ditadura conduzida pelo esquerdista Nicolás Maduro, Gerardine Garcia, 29 anos, deixou a Venezuela, seu país natal. Depois de cruzar a fronteira, a venezuelana encontrou no agronegócio brasileiro uma nova vida e a chance de retomar os sonhos interrompidos na terra de origem.

A reconstrução da vida de Gerardine está ligada ao cultivo de óleo de palma, realizado no município de São João da Baliza, no interior do Estado de Roraima. A venezuelana encontrou a oportunidade nas lavouras da Brasil BioFuels (BBF), uma empresa que atua no agronegócio brasileiro sustentável.

“A Venezuela é um país muito lindo, mas a situação política lá não é fácil”, relata. “Tudo é difícil, alimentação, saúde e segurança. Eu não tinha mais condições de ficar. A vida piorava dia após dia. Eu não vivia, eu sobrevivia.”

Para cruzar a fronteira com o Brasil, três dias foram necessários. O trajeto envolveu longas caminhadas, chuva e a travessia de um rio, em Santa Elena de Uairén, município a 20 quilômetros de Roraima.

O interesse pela agricultura começou no país natal. Quando criança, sua família morava em um pequeno sítio no interior do país. Assim, a ligação com o trabalho na terra surgiu logo na infância. “Nós cultivávamos melancia, melão e banana”, comentou. “Desde pequena eu desenvolvi um amor pela agricultura.”

Na Venezuela, Gerardine chegou a iniciar os estudos para se tornar agrônoma, mas teve de abandonar o curso. E, apesar de ter conhecimento na área, a agricultora não pôde retomar a vocação logo na chegada ao Brasil, em 2020. Até 2022, para se manter, ela trabalhou como faxineira e babá.

A história dela ganhou um novo capítulo há um ano, depois de ser chamada para trabalhar na BBF. Em março de 2022, Gerardine começou na empresa. O primeiro cargo foi como auxiliar, fazendo serviços gerais relacionados ao plantio. Atualmente, ela lidera uma equipe com cerca de 60 trabalhadores, sendo que quase 50 são mulheres venezuelanas, como ela. A equipe cuida do desenvolvimento das muda até que elas cheguem no ponto para serem plantadas no campo.

“Hoje eu vivo”, declarou. “Eu tenho um emprego na área de que gosto e vivo tranquila. O Brasil significa para mim minha segunda oportunidade. O país me acolheu no momento que mais precisei.”

Fundado em 2008, o grupo BBF lidera a produção de óleo de palma na América Latina. A cadeia produtiva da empresa começa na criação das mudas e vai até geração de produtos como biocombustíveis, matérias-primas para a indústria e geração de energia elétrica, com origem renovável.

Todo o processo é realizado respeitado o meio ambiente e promovendo a preservação do ecossistema. A área cultivada pela empresa se aproxima de 70 mil hectares e a geração de óleo de palma está em 200 mil toneladas por ano.

Via: Revista Oeste

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