Distrito Federal

Aberta licitação para construção do parque que abrigará bacia do Drenar DF

Espaço terá 5 mil m² de área livre, com esculturas e cerca de 250 árvores e arbustos; escolha da proposta vencedora será feita presencialmente em 16 de janeiro de 2024

A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (8), a abertura de licitação para contratação da empresa especializada responsável pela construção do Parque Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte. O espaço abrigará a bacia de detenção do Drenar DF – maior programa de escoamento e captação de águas pluviais do Governo do Distrito Federal (GDF).

Integrantes do Conselho Deliberativo do Iate Clube de Brasília visitam as obras | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

A licitação ocorrerá de forma presencial em 16 de janeiro de 2024, às 10h, na sede da Terracap. A empresa vencedora será aquela que apresentar o menor preço para a implementação do parque urbano. O edital está disponível para consulta no site oficial da agência.

Arborização

O projeto de construção do parque foi desenvolvido pela Terracap, executora do Drenar DF, em colaboração com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), seguindo as exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

8 mil m² Área da Praça Internacional da Paz, onde será instalado o parque

A proposta prevê que o espaço tenha 5 mil m² de área livre, ocupados por esculturas e 250 árvores e arbustos, incluindo espécies para sombreamento – como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas – e frutíferas, como aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira. Além disso, o parque contará com ciclovias e calçadas com 1,1 km de extensão.

Ao lado do parque urbano, a Praça Internacional da Paz ocupará uma área equivalente a 8 mil m², com piso cimentado em relevo, permitindo que os usuários desfrutem do espaço ao ar livre.

Visita do Iate Clube

Na manhã desta sexta-feira (8), membros do Conselho Deliberativo do Iate Clube de Brasília, acompanhados por diretores da Terracap e pelo secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Luciano Carvalho, visitaram a região que abrigará o parque urbano e a praça.

Além dos moradores da Asa Norte, o clube será um dos beneficiados com a execução do programa de escoamento e captação de águas pluviais, resolvendo problemas anteriores causados pela força da água que chegava ao Lago Paranoá pela rede de drenagem existente.

“O Drenar DF trará qualidade para a água que chega ao lago” Izidio Santos, presidente da Terracap

O comodoro do Iate, Luiz André Almeida Reis, afirmou que a obra vai melhorar a qualidade das águas pluviais despejadas no espelho-d’água, além de solucionar os problemas de alagamento na região. “O Iate e a bacia de detenção que está sendo escavada são a ponta final desse projeto grandioso”, aponta. “É uma obra de magnitude, fundamental para conter o volume exagerado de água que chegava aqui após a captação de toda a Asa Norte”.

Sistema de captação estava sobrecarregado há anos, lembra o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço: “É uma rede da década de 1960, e precisávamos enfrentar esse problema, corrigi-lo”

Em conversa com os membros do clube, o presidente da Terracap, Izidio Santos, defendeu que a promoção de visitas à bacia ajudará a dar transparência ao trabalho. “Nada do que é dito consegue demonstrar a grandeza dessa obra”, enfatiza. “O Drenar DF trará qualidade para a água que chega ao lago. A gente espera que nas chuvas de 2024 os problemas sejam sanados e, agora, a descarga de água no lago se dará de forma muito mais suave, em menor volume e sem lixo”.

Segundo o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço, a construção de um sistema de drenagem paralelo ao existente era necessária, uma vez que a rede de captação antiga estava sobrecarregada.

É uma rede da década de 1960, e precisávamos enfrentar esse problema, corrigi-lo”, conta. “Hoje, a água corre pela superfície porque a rede não tem mais capacidade de drenar a água, que não pode chegar ao Lago Paranoá dessa forma, pois gera um assoreamento descontrolado. Isso sem falar na sujeira carregada pelas chuvas.”

Andamento das obras

Até o momento, as equipes da Terracap já avançaram com a escavação de 238 mil m³ da bacia de detenção. O projeto prevê a retirada de 245 mil m³ de terra do local. A lagoa é a parte final das galerias de escoamento e captação de águas pluviais e tem a dupla função de reduzir a pressão do volume de água que desemboca no Lago Paranoá.

Além disso, o reservatório permitirá que o lixo arrastado nas enxurradas seja filtrado e que a água chegue até o destino final em menor velocidade, evitando o assoreamento do lago. Com a escavação praticamente concluída, os serviços agora se expandiram para o plantio de mudas de árvores, com o apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

Recentemente, a Terracap iniciou a etapa de concretagem das galerias. O reforço estrutural já foi aplicado em 2 km dos 3,8 km totais de túneis horizontais escavados. O procedimento será repetido também nos 770 metros de túneis verticais já concluídos. Essa é uma das fases mais ágeis da obra, com a previsão de execução de 30 metros por dia.

Túneis e galerias

R$ 174 milhões foram investidos na obra, aguardada há 20 anos pela população do DF

A obra completa terá quase 8,8 km de túneis escavados horizontalmente e verticalmente na técnica tunnel liner, permitindo a construção de galerias e passagens subterrâneas sem interferir na superfície. Isso evita transtornos no cotidiano dos moradores das regiões onde as obras são executadas.

Com um investimento de R$ 174 milhões, o programa saiu do papel em janeiro deste ano, depois de duas décadas de espera, para solucionar antigos problemas de inundação em áreas críticas da Asa Norte. A primeira etapa abrange as quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402 da Asa Norte e cruza o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte.

Dividido em cinco lotes, o projeto é executado por quatro empresas diferentes contratadas pela Terracap e coordenadas pela Concremat. São 30 frentes de trabalho e cerca de 300 operários envolvidos.

agencia brasilia

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