Alimentação escolar do Distrito Federal é referência mundial
Delegação do Congo visitou escolas da rede pública para conhecer, na prática, os detalhes do Pnae
A alimentação escolar do Distrito Federal é referência mundial e é exemplo para outros países que buscam formas de melhorar a merenda que os alunos recebem na escola. Na semana passada, uma delegação da República Democrática do Congo desembarcou em Brasília para conhecer, na prática, o Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae), que garante refeições saborosas, balanceadas e variadas nas escolas públicas da capital federal.
O grupo, formado por 17 líderes do governo do país africano, visitou o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Polivalente, da Asa Sul, e o Centro Educacional (CED) Pipiripau II, no Núcleo Rural de Planaltina. Os representantes conheceram também pequenos agricultores e foram ao Centro de Distribuição de Alimentos (Ceasa).
Chefe da delegação, a ministra de Assuntos Sociais, da Solidariedade e da Ação Humanitária do Congo, Irene Kimbatsa, explicou que o governo congolês pretende implementar no país um programa semelhante ao Pnae. “Essa troca de conhecimentos relativos ao programa de alimentação escolar no Brasil é muito importante para o Congo”, disse. A delegação aproveitou, ainda, para saborear a famosa galinhada, que se tornou carro-chefe na alimentação das escolas públicas. “Está uma delícia!”, aprovou a ministra.
O subsecretário de Apoio às Políticas Educacionais da Secretaria de Educação (SEE), Nivaldo Vieira Félix, também participou da visita às escolas e ressaltou que, no DF, os pratos da merenda escolar são ricos em alimentos orgânicos e proteínas. “Nos tornamos referência para o Brasil por meio da participação da agricultura familiar com a inclusão de alimentos orgânicos, frutos do cerrado e ampliação de proteínas. Ter esse projeto como espelho para um país carente como o Congo é algo que nos enche de alegria”, afirmou.
“A chave mestra do Pnae do DF hoje é a nossa equipe técnica de nutricionistas. Sem eles não existe alimentação escolar eficaz e de qualidade”, contou Félix. Os nutricionistas são responsáveis por elaborar os manuais de boas práticas de fabricação, a sugestão de cardápios e os procedimentos operacionais padrão para todas as unidades escolares públicas.
Alimentação escolar no Congo
“Ter esse projeto como espelho para um país carente como o Congo é algo que nos enche de alegria”Nivaldo Vieira Félix, subsecretário de Apoio às Políticas Educacionais
A alimentação escolar foi introduzida na República do Congo em 2001 como um instrumento-chave para atingir os objetivos de saúde escolar, nutrição, educação e incentivo da produção local de alimentos. O governo congolês declarou a escolarização gratuita em 2007 para reduzir os custos para as famílias.
Nos últimos anos, o governo do Congo tomou uma série de medidas para incorporar a alimentação escolar às estruturas políticas nacionais e fortalecer a capacidade institucional e a coordenação. Em 2016, criou uma política nacional de alimentação escolar com o objetivo de combater a fome e implementar um programa nacional de alimentação escolar que beneficie todas as crianças das escolas primárias públicas até 2025.
A República do Congo tornou-se membro da Coalizão para Alimentação Escolar em agosto de 2021 e participou, no final de 2022, da Cúpula da Educação Transformadora, além de lançar um relatório sobre o estado da educação no país. Na cúpula, o governo congolês se comprometeu a fornecer alimentação escolar nutritiva e equilibrada a todas as crianças vulneráveis, melhorando o acesso à educação de qualidade, à saúde, ao crescimento e ao desenvolvimento psicossocial.
Com informações da Secretaria de Educação