De acordo com a Fundação Getulio Vergas (FGV), o agronegócio brasileiro deve registrar o maior crescimento em seis anos. A instituição estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor cresça 8% em 2023.
Entre os fatores para o resultado, está a previsão de expansão da colheita de grãos deste ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística prevê que a safra se aproxima de 300 milhões de toneladas.
Pela avaliação da FGV, apenas o PIB do agronegócio apresentará crescimento significativo em 2023. O restante da economia, segundo a instituição, ficará estagnada.
“Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado”, disse Marina Garrido, economista da instituição. “Há casas que apontam 1%. Nós estamos com 0,2%, isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral.”
Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente do conselho diretor da Associação Brasileira do Agronegócio, estima que o valor bruto da produção aumente 5%. Ele afirma que o plantio de milho e soja — os grãos mais cultivados no país — ocorreu na época certa, o que favorece uma boa colheita. Além disso, as culturas de cana-de-açúcar, frutas e hortaliças também estão indo bem, comenta Carvalho.
O clima é a variável que inspira cuidado, explicou ao Jornal o Estado de S. Paulo Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja.
“Ter uma safra recorde, como se espera, é questão exclusiva de clima. Temos condições técnicas de fazer essa safra anunciada, só que é cedo para dizer que ela será realidade”, afirma Galvan. “Nos últimos anos, enfrentamos problemas de clima e tivemos perdas grandes.”
Via: Revista Oeste
