Copa do Mundo: BRF prevê aumento das vendas no Catar
Com a Copa do Mundo, a demanda por produtos halal deve impulsionar em 40% as vendas da BRF no Catar, estima a empresa. Em julho, o gigante do agronegócio brasileiro já havia reforçado seus estoques na região.
No país-sede da Copa do Mundo deste ano, a Sadia, marca da companhia, possui 70% de participação em alguns segmentos de fornecimento de alimentação atualmente. De acordo com Igor Marti, vice-presidente de Mercado Halal da BRF, a companhia lidera comercialização de alimentos industrializados e o foodservice que seguem as exigências dos consumidores muçulmanos.
Halal significa permitido para os islâmicos . Ou seja: o termo identifica o que pode ser consumido por eles. O Brasil hoje é o maior fornecedor de alimentos para esse mercado.
Os produtos seguem uma séria de exigências para receber essa designação. Dentre elas, a proibição de conter componentes de origem suína ou álcool, por exemplo. Atualmente, quase 2 bilhões de consumidores no mundo são muçulmanos.
A carne de frango faz parte do grupo alimentar permitido aos ilsâmicos. Hoje, cerca de 70% de toda a proteína com essa origem consumida no Catar vem do agronegócio brasileiro, de acordo com o jornal o Estado de S.Paulo.
Entre janeiro e julho, os catares compraram 80 milhões de quilos de carne de frango do Brasil. Essa quantidade resultou no faturamento de US$ 135 milhões.
A expertise da BRF na produção de carne de frango atraiu o interesse da monarquia da Arábia Saudita — uma das nações muçulmanas mais ricas do mundo. O fundo soberano controlado pela família real do país fechou um acordo com o gigante do agronegócio brasileiro para produzir frango no Oriente Médio.
Das cotas da parceria, 70% serão controladas pela BRF. O restante ficará nas mãos dos sauditas. Na mesa, US$ 500 milhões em investimentos. A maior parte, US$ 375 milhões, bancada pelos árabes.
Via: Revista Oeste